quinta-feira, 6 de outubro de 2011

NOSSA SENHORA


Nossa Senhora da Conceição de Aparecida


Estamos chegando no  dia de Nossa Senhora, 12/10, e não poderíamos deixar de homenagear esta amada Mãe Santíssima.

Em nosso Vale do Amanhecer a conhecemos como Nossa Senhora Apará que conforme citada na Carta "O que é o Apará", curou as feridas dos escravos, quando estes vieram para o Brasil traficados nos nefastos navios negreiros:


O que é o Apará

Salve Deus!

Alma Livre Evoluída! É o Mestre Apará, que rompe o véu da ciência, dos preconceitos, que transporta o transcendente, perscruta a alma, descreve com clareza e precisão. Quanto mais simples, mais perfeito exemplo de amor do extra-sensorial; cientista se expande com fenômenos inexplicáveis dos surdos e mudos. É também a dor para os que desejam prova. É mais verdadeiro do que pensamos, pois o mundo é o seu cenário, onde desenrola os dramas da vida e da morte. Quando desejo explicar na minha Clarividência, surge um foco diferente; é fenômeno especial.

Cada Apará é um ator diferente, que exige o seu cenário de acordo com o seu padrão. Com o auxílio de minha Clarividência, vai além do impossível, o que não pode ser descoberto. Sua maravilha e distinção é que o Apará não dispõe de sua inteligência, vê-se tudo por natureza. Além esta impossível, muito menos descobrir, nem sequer pode ser pressentido pela inteligência, mesmo sendo a mais perspicaz, servida por microscópio. Perfeito, constituído, como é o Apará ate agora.



Salve Deus meu Filho Apará, fui até onde me era possível, onde a minha pobre analogia pôde chegar, prevendo outras buscas de evolução. Alma humana que não provem de seitas ou de escolas, somente Castro Alves nos recorda com a figura do majestoso Navio Negreiro, que entre mil versos diz:

Auriverde pendão de minha terra, que a brisa do Brasil beija e balança, estandarte que a luz do sol encerra, e as promessas divinas de esperança. Era um sonho dantesco... O tombadilho, que as luzernas avermelha o brilho, em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar de açoite...Legiões de homens negros como a noite, horrendos a dançar...Um de raiva delira, outro enlouquece...Outro que de martírios embrutece, cantando, geme e ri!
Foi então que neste quadro dantesco de dor, apareceu a figura de Nossa Senhora da Conceição “Apará” compadecida chegava sutil e falava naquela era sofrida àqueles que por Deus ali estavam, sem carinho, sem esperança e sem amor. Apará, Apará; era como a chamavam. Ela se manifestava entre eles dando forças, soprando suas feridas; Apará! Hoje és na tradição deste exemplo, deste amor. Apará, Meu Filho Apará! Não esqueças, que outrora, na dor, Nossa Senhora Apará dos poderes infinitos, nunca ensinou a ira, muito menos a vingança ou riqueza, e sim a Humildade, a Tolerância e o Amor. É tudo, filho querido do meu coração, que na tua graça singular é na história que ficou. Os teus poderes é tudo que disse este pouco que pude dizer.

Com carinho a tua Mãe em Cristo. Tia Neiva.

Vale do Amanhecer, 23 / Jan./ 79.



Temos também Yemanjá, trazida pelos africanos ao Brasil e sendo estes proibidos de cultuá-la,  a sincretizaram na figura singela de Nossa Senhora.

Aqui no Vale do Amanhecer Yemanjá esta presente em vários cantos de falangens, sob a  responsabilidade de vários rituais como a Cruz do Caminho e principalmente em um dos maiores rituais que nós temos a  "Unificação", a origem deste ritual é explicado no livro "Os Símbolos na Doutrina do Vale do Amanhecer" escrito pela Tia Lúcia e vemos Yemanjá como uma das mais importantes entidades para a realização deste grandioso  trabalho:



Lago de Yemanjá - 1978

Com relação à construção do Lago de Yemanjá, é importante o registro de uma história: Pai Seta Branca pediu a Mãe Yemanjá as forças necessárias para construir o Lago. Porém, ela disse “não”, alegando que Tia Neiva era física e não sustentaria a manutenção do trabalho. Diante disso, Pai Seta Branca afirmou que se responsabilizaria por Tia Neiva. Assim, nossa Mãe pôde buscar no mar as forças de Yemanjá.

Em janeiro de 1978, Tia Neiva, acompanhada de vários mestres e ninfas, levando consigo ainda, a pedido de Mãe Tildes, as 220 crianças do Orfanato, em 4 ônibus e 36 carros, dirige-se à cidade de Prado, na Bahia, de modo a buscar as forças necessárias para a implementação de mais um trabalho a ser manipulado pelo corpo mediúnico.

Em Prado, é realizado o ritual da Estrela Candente em plena praia. Nessa ocasião, lembram com saudades os veteranos, a Clarividente incorporou o espírito de Mãe Yemanjá.

Tia Neiva pretendia ficar em Prado por 15 dias. Porém, com o desencarne de sua mãe, ela antecipa seu retorno, juntamente com Seu Mário, Gilberto e Raul, deixando as crianças sob os cuidados de Albuquerque, Jairo, Carmem Lúcia, Vera Lúcia e Gertrudes. Mas o Lago só começa a ser construído depois que todos voltam de Prado e, com pouco tempo, fica pronto.

O Lago de Yemanjá foi inaugurado no dia 1º de maio de 1978, ano da Consagração dos Adjuntos Rama e Raja, quando estes, de joelhos, pronunciam seus juramentos. Em 1981, Tia Neiva volta a Prado com as crianças e mestres para agradecer as conquistas alcançadas, realizando uma vez mais o ritual.
Construção do lago

Yemanjá

Fontes:
Extraído do Livro: Os Símbolos na Doutrina do Vale do Amanhecer
Autora: Carmem Lúcia Zelaya.



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