sexta-feira, 22 de julho de 2011

Chegada do Homem a Lua - SERÁ?


“Este é um pequeno passo para um homem, mas um enorme salto para a humanidade” foi a frase dita por Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na lua.
No dia 20 de julho comemora-se quarenta anos desse feito. Neil Armstrong, astronauta americano e piloto de avião, deixou seu nome e suas botas gravados na história, através da missão Apolo 11.
Com mais dois tripulantes, Edwin Aldrin e Michael Collins, Armstrong partiu para a viagem de oito dias sem saber se seria possível ou não pisar no satélite.
O foguete partiu da Flórida no dia 16 de julho, às 13h32min, do Centro Espacial Kennedy, podendo ser observado por centenas de milhares de pessoas. Foi feita uma transmissão televisiva, ao vivo, para o mundo todo.
A missão foi um sucesso, atingindo o objetivo do antigo Presidente americano John Kennedy, sendo que o astronauta, comandante da missão, tornou-se o primeiro homem a caminhar na superfície lunar, numa experiência de duas horas, acompanhado por seu companheiro Edwin Aldrin.
A nave foi dividida em dois módulos, uma parte continuou no espaço enquanto a outra fazia o pouso.
Ao chegarem à superfície da lua e pousarem, permaneceram por seis horas e meia dentro da nave, até serem liberados pela NASA para abrirem a escotilha.
Ao sair do módulo, Neil Armstrong testou se poderia ou não pisar no solo lunar. Carregava consigo uma câmera de TV, que fazia a transmissão das imagens. Suas pegadas ficaram marcadas, e puderam ser vistas em várias fotos e filmagens que os mesmos fizeram.
Segundo os astronautas, a aparência física da lua era de solo granulado e cinza, tendo uma característica empoeirada.
O peso de Armstrong, com a devida roupa, chegava a apenas trinta quilos, em consequência do campo gravitacional, seis vezes menor que o da Terra. O peso da mochila o puxava para trás, fazendo perder o equilíbrio nos primeiros minutos, mas o astronauta conseguiu contornar a situação rapidamente.
Aldrin também se arriscou em caminhar pela superfície lunar, hasteou a bandeira americana e fez continência à mesma.
Coletaram amostras do solo e tiraram cerca de cem fotografias. Por último, conversaram com o presidente americano, Richard Nixon, e foram assistidos por milhões de telespectadores do mundo.
Das imagens vistas aqui da Terra, dava a impressão que os dois astronautas brincavam em solo lunar, dando pulos, testando a baixa gravidade do local.
Hoje sabe-se que a massa da Lua é oitenta e uma vezes menor que a da Terra, assim como seu diâmetro é 3,66 vezes inferior. Não possui atmosfera e sua superfície é bem acidentada, com montanhas e crateras.

O trecho abaixo é um diálogo da Tia Neiva com Tiãozinho e foi retirado do livro "A 2000 A Conjunção de dois planos " e eles falam sobre a Lua.

"... Veja o caso da Lua, Neiva, Prejulgando seus objetivos em termos de geológica, rochas, estratificações, irradiações e outras concepções da matéria, a Ciência está alheia a fatos bem mais positivos, do equilíbrio Sideral, das forças selênicas e das verdadeiras funções da Lua. Longe estão de “enxergar” os Seres, que habitam o pequeno mundo lunar. Entretanto, se usassem os instrumentos adequados da sua “psique” e se harmonizassem com os Planos de Deus, os Homens poderiam não só conhecer a Lua, como outros Planetas, Estrelas e Corpos celestes. Tais conhecimentos dimensionariam a Alma Humana, até as proximidades do Espírito e trariam sabedoria. Se assim o fizessem, os Homens poderiam, não só conhecer como colocar as coisas, no seu devido lugar, no Plano adequado. Saberiam, então, o que é útil para sua Missão na Terra, e o que não lhes competia interferir. Neiva, minha irmã, a Lua tem importantes funções, muito mais importantes do que os Homens julgam. E, em ralação a Terra, essas funções estão em pleno funcionamento, e isso está completamente fora dos poderes do Homem, como Espírito encarnado. Por isso, Neiva, a decantada conquista da Lua não passa de um gesto de temeridade, resultante da hipertrofia do pequeno ego Humano. Se o Homem empregasse apenas parte desses esforços na descoberta e interpretação dos enigmas das ruínas Incaicas ou Egípcias, ele estaria muito mais aparelhado, para levar a atual Civilização, a bom termo. Na Lua, Neiva, existem Seres lunares, Espíritos ocupando Corpos, de acordo com as condições da Lua, cuja função principal é controlar as gigantescas usinas de seu interior.

São seres de tal natureza, que sua simples proximidade de um Ser Humano, causará sua desintegração! Você nem pode imaginar, Neiva, o trabalho que tem havido, para que esses Astronautas sobrevivam e retornem a Terra! Mas, Tião, por isso? Não seria melhor que isso acontecesse e os Homens desistissem dessa tolice? Não, Neiva, não seria melhor. Se houvesse mais desastres do que tem havido e encobertados, haveria pânico na Terra e as coisas precipitariam. Se as coisas que têm acontecido nessas pesquisas, os desastres ocultos pelos poderes públicos fossem noticiados ou vistos pela Humanidade, haveria temores prematuros, que iriam modificar a “psique” Humana, antes do tempo. Não esqueça Neiva, que a Terra ainda está incluída no Ciclo de Jesus e os estímulos para a conscientização de cada Homem ainda são aqueles preconizados por Ele. Logo mais essa oportunidade terá passado e o Homem ficará à mercê das forças que desencadeou, A semeadura foi livre, a colheita será obrigatória. Mas, por algum tempo ainda, o Homem está protegido pela Lei do Perdão, do Amor e da Redenção. É importante que o Homem perceba, por si mesmo, as coisas. Na verdade, grande parte do trabalho dos Mestres é proteger os Homens dos seus próprios desmandos, para que não se destruam antes do tempo, antes que tenha despertado sua partícula Crística, sua Luz interior. Assim exige a Didática Divina..."

domingo, 10 de julho de 2011

A Queda da Bastilha

Segundo a historiografia tradicional, a Queda da Bastilha marca o início da Revolução Francesa. Não há dúvida de que o movimento popular em Paris tenha grande significado, porém a Revolução deve ser vista como um processo, onde é necessário analisar a situação econômica do país, os interesses de classes envolvidos e os interesses dos demais países europeus. 


 
A Queda da Bastilha


A BASTILHA 


A Bastilha foi construída em 1370 e tornou-se uma prisão durante o reinado de Carlos VI; no entanto foi durante a Regência do Cardeal Richelieu, no século XVII que tornou-se uma prisão para nobres ou letrados, adversários políticos, aqueles que se opunham ao governo ou mesmo `a religião oficial. 


No dia 14 de julho a Bastilha abrigava apenas 7 prisioneiros, no entanto a multidão invadiu-a tanto por representar um símbolo do absolutismo, como para tomar as armas que haviam em seu interior. 




A REVOLUÇÃO 



A importância da Queda da Bastilha reside no fato de que a partir desse momento a revolução conta com a presença das massas trabalhadoras, deixando de ser apenas um movimento onde deputados julgavam que poderiam eliminar o Antigo Regime apenas fazendo novas leis. 


A gravidade da crise econômica havia envolvido todo o país em uma situação caótica: os privilégios dados à nobreza e ao Alto Clero dilapidaram as finanças do país, situação ainda mais agravada com a participação da França na Guerra de Independência dos EUA em ajuda aos colonos e palas secas, responsáveis por uma crise agrária, que levava os camponeses miséria extrema e determinava o desabastecimento das cidades assim como a retração do comércio interno. 



 
O Rei Luís XVI


Na medida em que a nobreza recusou-se a abrir mão de seus privilégios, o rei Luís XVI viu-se forçado a convocar a Assembléia dos Estados Gerais, que reuniria os representantes da Nobreza, do Clero e do Povo ( burgueses). As manobras políticas da realeza tinham por objetivo fazer aprovar nova legislação, que preservaria os privilégios do 1° e 2° estados e ao mesmo tempo sobrecarregariam o 3° estado. 



 
Reunião da Assembléia Nacional


Em17 de junho os representantes do povo se auto proclamam Assembléia Nacional. Esse fato representa de um lado o grau de organização e a consciência da burguesia, ancorada pelos ideais do Iluminismo, e ao mesmo tempo nos dá idéia de qual era a perspectiva de Revolução para essa classe social, eliminar o Antigo Regime, através de uma reforma na legislação, forçando o rei a aceitar o organização de um poder legislativo responsável pela elaboração das leis. 


Enquanto os deputados se reuniam na Assembléia, o rei reunia tropas na tentativa de evitar o movimento revolucionário, foi nesse contexto que formou-se a "Milícia de Paris" e no dia seguinte as ruas e a Bastilha eram do povo.


O movimento revolucionário saia às ruas; percebia-se que somente com a participação e o apoio popular poderiam haver mudanças significativas. Apesar de organizada e armada, a camada popular urbana defendia a manutenção da Assembléia Constituinte e portanto acreditava que as novas leis poderiam trazer uma mudança significativa. 



 
A rebelião camponesa no interior


Ao contrário, no campo, a situação era de marcada por grande radicalização caracterizada por invasões de propriedades senhoriais,,onde muitos nobres foram executados, cartórios invadidos, onde os títulos de propriedade feudal eram queimados. Os camponeses não possuíam uma ideologia definida e nem um projeto acabado, porém o movimento -- Grande Medo - refletia a situação de profunda miséria vivida no campo.


Ao fugir do controle da burguesia, o movimento camponês foi responsável por uma das primeiras mudanças significativas da Revolução: a 26 de agosto foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de inspiração iluminista, defendia o direito a liberdade, à igualdade perante a lei, a inviolabilidade da propriedade privada e o direito de resistir à opressão.

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=179

terça-feira, 5 de julho de 2011

A Cidade dos Deuses

Teotihuacan
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Teotihuacan ou Teotihuacán, é um sítio arqueológico localizado a 40 km da Cidade do México, no México, declarado Património da Humanidade pela UNESCO em 1987.
Teotihuacan foi a maior cidade conhecida da época Pré-Colombiana na América e o nome Teotihuacan é também usado para referir a civilização desta cidade dominante, a qual estendeu a sua influência sobre grande parte da Mesoamérica.
A cidade está situada no que é hoje o município de San Juan Teotihuacán, no Estado do México, México, 40 km a nordeste da Cidade do México, ocupando uma área total de 82.66 km².
História
Existem evidências arqueológicas de que Teotihuacan terá sido um local multi-étnico, incluindo Zapotecas, Mixtecas, Maias e mesmoNahuas, por exemplo. Os Totonacas sempre afirmaram que haviam sido eles a construir esta cidade, o que era corroborado pelosAstecas. Na antiguidade esta cidade foi também conhecida pelo nome Tollan, nome este também usado séculos depois para designar a capital Tolteca, Tula. Considera-se que Teotihuacan é a sede da civilização Clássica no Vale do México (o período clássico vai de 292 a.C. até ao ano 900). O primeiro povoado data do ano 600 a.C. Foi um povoamento estratégico com acesso ao rico sistema lacustre do Vale do México, a nascentes de água próximas e numerosas, ao vale de Puebla e à costa de Veracruz. Nas imediações abundavam aobsidiana e a argila, matérias-primas para os seus utensílios.
Todos os diferentes povos que ocuparam as terras mexicanas eram oriundos do norte do continente americano. Alguns deles ficaram por aí, continuando as suas tradições de nómadas. Os que chegaram às terras mais a sul, as terras do México, tornaram-se sedentários e evoluíram em direcção a um sistema cultural que teve o seu apogeu na civilização de Teotihuacan. Aqueles povos ergueram no meio da planície, montes de terra sem muros de retenção. Crê-se que estes montes foram murados por civilizações mais avançadas até à formação das pirâmides. O padre franciscano Bernardino Sahagún, chegado ao México em 1529 recolheu da boca dos nobres astecas muitas lendas e muita da história dos seus antepassados. É o padre Sahagún quem conta que ali se enterravam os principais senhores em túmulos de terra. Esses nobres eram canonizados como deuses e não morriam mas despertavam de um sonho e convertiam-se em espíritos ou deuses. Para os astecas tratava-se de um local lendário e acreditavam firmemente que aí havia sido criado o Quinto Sol, ouQuinto Mundo, ou época atual.
O quinto Sol
As civilizações mexicanas tinham uma lenda, segundo a qual, uma primeira geração de homens havia sido destruída em tempos remotos por Jaguares (Primeiro Sol). A geração seguinte fora destruída por furacões ou Vento (Segundo Sol). Uma terceira por erupções vulcânicas ou Fogo (Terceiro Sol). A quarta havia desaparecido com um dilúvio de Água (Quarto Sol). Estes sóis de cada uma das idades não eram como o sol atual que aquece temperadamente e que dá vida; este último sol teria sido criado em Teotihuacan (Quinto Sol).
A expansão
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Teotihuacan, vista da via de entrada dos mortos a partir da pirâmide da Lua.
Os historiadores concluíram que os fundadores desta civilização faziam parte de um povo do qual não se tem qualquer conhecimento. Estão certos de que não foram nem os olmecas nem os toltecas. Sabe-se, a partir dos dados obtidos a partir de escavações, que o mais antigo de Teotihuacan é anterior à cultura Tolteca. Aquela civilização organizava a sua religião por confrarias. Nos primeiros séculos da nossa era, Teotihuacan passou a ser um estado imperialista que se expandiu grandemente para lá das suas fronteiras. Durante o seu apogeu influenciou muito povos vizinhos e inspirou outras culturas tendo ainda legado conhecimentos científicos e culturais às sociedades posteriores. Por esta razão, é frequente encontrar por todo o território mexicano rastos e evidências desta cultura.
A expansão do império de Teotihuacan foi conseguida, não pelas armas, mas pelo uso sábio do comércio e da religião. Quando a cidade se tornou grande e poderosa, as casas passaram a ser edifícios de pedra substituindo cabanas de madeira e palha. A classe governante, a aristocracia, vivia num bairro rodeado por uma muralha, construído nas proximidades do que actualmente se designa por calçada dos Mortos. Os seus palácios eram ricamente decorados com pinturas murais onde se encontravam representadas figuras de determinados animais, deuses e outros personagens religiosos. O resto da população vivia em construções tipo apartamento de um só piso em que chegavam a juntar-se entre 60 a 100 indivíduos. A certa altura existiriam cerca de 2000 construções deste tipo. No centro tinham um pátio e um ou dois templos.
A decadência
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Cerca do ano 650 começou paulatinamente a sua decadência. O número de habitantes foi diminuindo, devido a factores de ordem social e climática. No século VIII encontra-se já no seu ocaso, ainda que o vale nunca foi abandonado. Não se conhece muito bem qual a causa da sua decadência e posterior total destruição. Os historiadores pensam que talvez tenha acontecido uma invasão, ou que o solo se esgotou acabando assim os recursos agrícolas ou ainda, que simplesmente tenha havido uma má administração. A verdade é que com o declínio de Teotihuacan, outros centros que dela dependiam cultural e comercialmente entraram também por sua vez em declínio, como Monte Albán e inclusivamente a civilização Maia.
A lenda
Foi também o padre Sahagún quem nos deu a conhecer a bonita lenda que nos fala da criação do Sol e da Lua, os deuses a quem foram dedicadas as duas magníficas pirâmides. A lenda reza assim:
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Antes que existisse dia, os deuses reuniram-se em Teotihuacan e disseram, "Quem iluminará o mundo?". Um deus rico (Tecciztecatl) disse "Eu me encarregarei de iluminar o mundo". "Quem será o outro?", e como ninguém respondia, nomearam um outro deus pobre e sarnento (Nanahuatzin). Depois da nomeação, os dois começaram a fazer penitência e a rezar. O deus rico ofereceu penas valiosas de uma ave chamada quetzal, pepitas de ouro, pedras preciosas, coral e incenso decopal. O deus sarnento por seu lado, oferecia canas verdes, bolas de feno, espinhos de maguei cobertos com o seu sangue e no lugar de incenso oferecia as crostas das suas pústulas. À meia-noite terminou a penitência e começaram os rituais. Os deuses ofereceram ao deus rico bela plumagem e um casaco de linho enquanto que ao deus pobre era oferecida uma estola de papel. Depois, junto ao fogo, ordenaram ao deus rico que se atirara a ele. Este teve medo e recuou. Voltou a tentar e mais uma vez recuou, isto por quatro vezes. Chegou então a vez de Nanahuatzin, que fechou os olhos e se atirou ao fogo sendo consumido por este. Quando o deus rico viu isto, imitou-o. De seguida entrou no fogo uma águia, que também se queimou (e é por isso que as águias têm as penas foscas, de cor morena muito escura); de seguida entrou um jaguar que se chamuscou e ficou manchado de branco e negro. Então os deuses sentaram-se à espera para ver de onde sairia Nanahuatzin; olhando para oriente viram aparecer o sol com uma cor forte; radiava luz em todas as direcções e não conseguiam olhar directamente para ele. Voltaram a olhar para oriente e viram aparecer a Lua. Ao princípio os dois deuses resplandeciam com igual intensidade, mas um dos deuses presentes atirou um coelho à cara do deus rico e desta maneira diminuiu o seu brilho. Todos ficaram quietos; depois decidiram morrer para assim dar a vida ao Sol e à Lua. Foi o Vento que os matou e que em seguida começou a soprar, fazendo deslocar primeiro o Sol e mais tarde a Lua. Por tudo isto é que o Sol nasce durante o dia e a Lua mais tarde, durante a noite.
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Vista panorâmica a partir do cume da pirâmide do Sol, com a Pirâmide da Lua a direita.
A cidade e a sociedade
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Maquete mostrando a cidade em seu auge.
A partir sua configuração actual pode deduzir-se que o trabalho de planificação foi cuidadoso. Destacam-se quatro zonas ou eixos principais. De norte a sul estende-se a avenida principal, a calçada dos mortos. Recentemente foi descoberto, perpendicular a aquela, um outro eixo, constituído por dois arruamentos que atravessam a cidadela e que não são actualmente visíveis. Foram designadas pelos arqueólogos de Avenida Este e Avenida Oeste.
A cidade era claramente dividida em bairros e centro cerimonial religioso, onde se podiam encontrar os edifícios de actividades administrativas e os grandes palácios, para além dos templos e grandes pirâmides.
Os sacerdotes tinham um papel muito destacado no que tocava à religião e administração. Os arquitectos e os artistas eram alvo de elevada consideração e possuíam oficinas especializadas. No que toca ao corpo militar desta sociedade conhece-se muito pouco. Sabe-se que não se tratava de uma sociedade militarista ainda que na época final apareceram, mais frequentemente, representações de militares nas pinturas murais.
Os monumentos
A Calçada dos Mortos
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Calçada dos Mortos
Conhecida também como a "Rua dos Mortos", foi o verdadeiro eixo central da cidade, bem como o seu centro cerimonial. Encontrava-se flanqueada pelas maiores construções de toda a América Central. A organização urbana desta grande cidade influenciou grandemente toda a América Central.
Esta avenida tem o seu início no recinto da pirâmide da Lua e termina num recinto a que os espanhóis do século XVI chamaram Cidadela. O seu comprimento é de 4 km, com uma largura total de 45 m. Está orientada 15º 30' a oriente do norte astronómico, como aliás ocorre com quase todas as construções aqui encontradas. Ao longo da rua encontram-se os edifícios mais importantes que albergavam templos, palácios e casas de personagens importantes. Além destes, também as duas grandes pirâmides, a Casa dos Sacerdotes, o palácio deQuetzalpapalotl (borboleta quetzal), o palácio dos Jaguares, a estrutura dos Caracóis emplumados, o templo de Quetzalcóatl, a cidadela e muitas outras edificações que no seu tempo eram de grande beleza, se situam junto a esta avenida. Num dos aposentos foram encontrados pisos construídos com duas camadas de mica com 6 cm de espessura, mais tarde cobertas com pavimento de tezontle.
As grandes pirâmides
Os seus núcleos estão feitos de adobe. Posteriormente foram revestidas com estuque e pedra, tendo sido acrescentado um friso adornado por relevos com motivos geométricos. Foram construídas como base para um templo que se situava na plataforma. Os conquistadores espanhóis, no século XVI, ainda chegaram a ver os ídolos do Sol e da Lua. Segundo eles, eram feitos de pedra coberta de ouro e o ídolo do Sol tinha uma cavidade no peito na qual se podia ver uma imagem do astro feita de fino ouro. Ainda segundo eles, eram também visíveis plataformas de mais de 2000 pirâmides secundárias, todas situadas ao redor das duas mais importantes, do Sol e da Lua.
A Pirâmide do Sol
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ef/Crystal_Clear_app_xmag.png/17px-Crystal_Clear_app_xmag.pngVer artigo principal: Pirâmide do Sol
Ficheiro:Teonate.JPG
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Trata-se da maior das pirâmides da cidade. A sua estrutura é a mais volumosa de todo o recinto e é também a segunda em tamanho de todo o México, apenas superada pela Pirâmide de Tepanapa de Cholula. Está orientada para o ponto exacto onde o Sol se põe.
Tem 65 m de altura e no vértice superior existiu um templo. O seu núcleo é de adobe e era totalmente revestida de estuque pintado.
Estudos e escavações levados a cabo em 1971, conduziram à descoberta de uma gruta sob a pirâmide. A partir desta gruta e através de quatro portas dispostas como pétalas de uma flor, tem-se acesso a outras tantas salas. O acesso à gruta é feito através de um poço com 7 m de altura situado junto às escadas na base da pirâmide.
A Pirâmide da Lua
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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ef/Crystal_Clear_app_xmag.png/17px-Crystal_Clear_app_xmag.pngVer artigo principal: Pirâmide da Lua
Ainda que menor que a pirâmide do Sol, os seus vértices encontram-se à mesma cota, pois está construída em terreno mais elevado. Tem uma altura de 45 m. Junto a esta pirâmide foi encontrada uma estátua chamada deusa da Agricultura, que os arqueólogos acreditam ser da época Tolteca primitiva.
Esta pirâmide situa-se bastante perto da pirâmide do Sol, fechando o lado norte do recinto da cidade. Desde a sua esplanada inicia-se o percurso pelo eixo principal, a Calçada dos Mortos.
A Cidadela
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A Cidadela
Situa-se no topo sul da calçada dos Mortos. Foi assim denominada pelos conquistadoresespanhóis do século XVI, que julgavam que este espaço rectangular era uma instalação militar. É constituída por um pátio com casas à sua volta, onde se supõe que viviam os sacerdotes e os governantes. No seu lado este encontra-se o templo de Quetzalcóatl.
Palácio de Quetzalpapálotl
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Palácio de Quetzalpapálotl
Também designado da Borboleta Quetzal ou Borboleta emplumada. Situado a oeste da praça da pirâmide da Lua. Trata-se provavelmente do edifício mais luxuoso e um dos mais importantes da cidade. Terá sido a residência de um personagem notável e influente. Encontra-se amplamente decorado com murais muito bem preservados, sobretudo no que toca à cor vermelha que era a cor preferida desta civilização. As zonas baixas do edifício conservam a cor original. Tem um pátio, chamado pátio dos pilares; estes estão decorados com belos baixos-relevos. No centro pode ver-se a representação do deus Quetzalpapalotlcom os símbolos que o relacionam com a água. Este palácio constitui um bom exemplo do que deveria ser a decoração teotihuacana.
Palácio dos Jaguares
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Murais do Palácio dos Jaguares - Jaguares com plumas tocando instrumentos de conchas com penas
Igualmente situado no lado oeste da praça da pirâmide da Lua. Em ambos lados da porta da entrada vêem-se duas imagens de felinos bastante grandes, com as cabeças emplumadas; com as patas sustentam uma concha de caracol, através da qual parecem soprar, como se de um instrumento musical se tratasse. No dorso e na cauda são visíveis incrustações de conchas do mar. Na bordadura da parte superior do mural podem ver-se os símbolos do deus da chuva e num glifo vêem-se, como decoração, plumas que representam o ano solar teotihuacano.
Edifício dos caracóis emplumados
Trata-se da estrutura mais antiga de todas as que formam a cidade de Teotihuacan. O acesso é feito por um túnel situado por baixo do Palácio de Quetzalpapálotl. Parece ter pertencido a um templo ricamente decorado. Podem ver-se ali imagens simbólicas de instrumentos musicais em forma de caracol, com boquilhas e elegantes plumas. Na parte inferior da estrutura há uma plataforma profusamente decorada com um grande número de aves que se pensa serem papagaios. Destes brota água em abundância. Segundo os arqueólogos é um dos templos mais formosos da zona.
O templo de Quetzalcóatl
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Templo de Quetzalcóatl
Encontra-se a uma certa distância das pirâmides, na calçada dos Mortos, tendo sido descoberto em 1920. Encontrava-se até então sob uma pirâmide de paredes lisas, sem qualquer decoração.
Ao descobrir Teotihuacan, os toltecas adoptaram a cidade como sua e como cidade santa. Passaram a enterrar ali os seus grandes senhores, tendo sido por eles construído este templo. Foi mandado construir pelo rei Mitl (770- 829). Quando foi descoberto, veio à luz a sua decoração de mosaicos de pedras, as cabeças e símbolos divinos do deus Tláloc (o deus da chuva e senhor do trovão e divindade do vale do México) e do deusQuetzalcóatl (a estrela da manhã, a serpente emplumada, génio nacional). Este último deus seria adoptado pelos astecas, que acreditaram vê-lo na figura de Hernán Cortés.
Encontrava-se também no templo um artefacto muito antigo em forma de , razão pela qual nos tempos anteriores à conquista espanhola este templo era conhecido como o templo da rã. Conhece-se este facto graças à descrição feita nas suas crónicas por uma personagem muito erudita de finais de 1600 chamado Ixtlilxochitl, cultíssimo descendente dos reis de Texcoco.
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Detalhes do Templo de Quetzalcóatl
Segundo ele, A rã do templo construído pelo rei Mitl em Teotihuacan, era de esmeralda, tendo sido encontrada pelos espanhóis, que deram boa conta dela. Efectivamente, a rã era um animal associado aos deuses da água; há mesmo especialistas que asseguram que Tláloc representa este animal. Os toltecas consideravam-na a deusa da água. As rãs anunciavam as chuvas. Em algumas festividades ofereciam estes pequenos animais aos deuses, depois de assados. Os mazatecas comiam as rãs e cobras vivas durante a celebração de uma festividade chamadaatamalcualiztli.
Na crónica referida, Ixtlilxóchiltl acrescenta que numa montanha a este de Texcoco, chamada monte de Tláloc, havia uma grande estátua deste deus, talhada em lava de cor branca. Trata-se da estátua descoberta no século XX e que actualmente se encontra na entrada do Museu Nacional de Antropologia, na Cidade do México, pesando 300 toneladas. Este templo é de um gosto e cultura muito diferentes da dos monumentos primitivos de Teotihuacan.