sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Cientistas descobrem cidades antigas na Amazônia
Localizado na BR-317, no Acre, os geoglifos atestam que, no passado, a Amazônia já esteve ocupada
Foto: Edison Caetano
Foto: Edison Caetano
Pôr do sol na Amazônia
Foto: Expedicion Turpial
Foto: Expedicion Turpial
Nossa Mãe Koatay 108 já havia falado disso em 1982 em uma mensagem para a impressa, a notícia abaixo é de 2008.
"... Amazonas: o grande gigante que dorme não tardará a desabrochar o que até então vem escondendo em suas águas e em sua selva. Amazonas: vida em outra dimensão que vive em outra composição, cidade marinha, ruínas de antigas cidades, de homens já preparados para o III Milênio. ..." Vale do Amanhecer, Nov. 1982
A floresta amazônica guarda mais segredos do que é imaginado. Um grupo de pesquisadores brasileiros e norte-americanos divulgou no final de agosto a descoberta de um grupo de cidades “urbanizadas” no estilo das cidades da Grécia antiga.
Os vestígios encontrados possuem mais de 600 anos de idade – ou seja, são anteriores à chegada dos primeiros navegadores europeus ao “Novo Mundo”. A descoberta foi divulgada na revista Science, uma das mais prestigiadas publicações científicas do mundo.
Nas últimas décadas, arqueólogos têm estudado a região do Alto Xingu, próxima à Bacia Amazônica, e descoberto vestígios de comunidades urbanizadas que datam do século XIII. Assim como as antigas cidades gregas, as cidades encontradas na Amazônia eram cercadas por grandes muralhas compostas de terraplanagem, cujas ruínas sobreviveram ao tempo no meio da floresta.
Todas as cidades eram interligadas por uma rede de estradas idênticas, sempre apontando do nordeste para o sudoeste (em harmonia com o solstício de verão), e conectadas por uma praça central. Os pesquisadores também encontraram vestígios de represas e reservatórios de água artificiais, que acredita-se terem sidos usados para a pesca e agricultura.
Com o uso de imagens de satélite e de GPS, a equipe de cientistas conseguiu elaborar um mapa digital do complexo e denso agrupamento de cidades. As duas maiores cidades possuíam dois centros distintos (um cerimonial, e o outro residencial) e eram cercadas por comunidades menores.
Apesar dos cientistas terem centralizado suas atenções nas cidades maiores, foram encontradas evidências de mais 13 agrupamentos, cobrindo uma área total de mais de 20 mil quilômetros quadrados. Os pesquisadores estimam que a população de cada cidade era de 250 a 2.500 habitantes, e todas as 15 cidades juntas possuíam uma população total de mais de 50 mil pessoas.
O cenário provável é que as cidades tenham sido destruídas, e a maioria de sua população tenha sido dizimada, pelos colonizadores europeus. Os vestígios desses agrupamentos são poucos porque as construções eram feitas de terra, e a floresta cobriu os traços deixados.
Apesar de serem quase invisíveis, os vestígios puderam ser identificados pelos membros da tribo indígena Kuikuro, considerados os descendentes diretos dos nativos que construíram as cidades. Além disso, na organização das vilas dos Kuikuro é possível perceber padrões semelhantes às das cidades antigas.
A descoberta faz surgir grandes questionamentos a respeito de como era realmente a floresta e a organização indígenas antes da chegada dos colonizares. Os vestígios já derrubaram a afirmação de que essa região da Amazônia era vazia antes da colonização. E mais: mostram que havia uma grande população habitando a região, que era organizada e complexa, e que alterou a paisagem da área.
“O que achávamos que era primitivo na floresta Amazônica não é tão primitivo assim no final das contas”, afirma Mike Heckenberger, professor da Universidade da Flórida (EUA) e um dos chefes da pesquisa, em depoimento para a revista New Scientist. “A colonização européia dizimou um grande número de povos indígenas e ‘esvaziou’ esses locais, permitindo que a floresta crescesse e encobrisse os vestígios dessas civilizações”, termina.
Os vestígios encontrados possuem mais de 600 anos de idade – ou seja, são anteriores à chegada dos primeiros navegadores europeus ao “Novo Mundo”. A descoberta foi divulgada na revista Science, uma das mais prestigiadas publicações científicas do mundo.
Nas últimas décadas, arqueólogos têm estudado a região do Alto Xingu, próxima à Bacia Amazônica, e descoberto vestígios de comunidades urbanizadas que datam do século XIII. Assim como as antigas cidades gregas, as cidades encontradas na Amazônia eram cercadas por grandes muralhas compostas de terraplanagem, cujas ruínas sobreviveram ao tempo no meio da floresta.
Todas as cidades eram interligadas por uma rede de estradas idênticas, sempre apontando do nordeste para o sudoeste (em harmonia com o solstício de verão), e conectadas por uma praça central. Os pesquisadores também encontraram vestígios de represas e reservatórios de água artificiais, que acredita-se terem sidos usados para a pesca e agricultura.
Com o uso de imagens de satélite e de GPS, a equipe de cientistas conseguiu elaborar um mapa digital do complexo e denso agrupamento de cidades. As duas maiores cidades possuíam dois centros distintos (um cerimonial, e o outro residencial) e eram cercadas por comunidades menores.
Apesar dos cientistas terem centralizado suas atenções nas cidades maiores, foram encontradas evidências de mais 13 agrupamentos, cobrindo uma área total de mais de 20 mil quilômetros quadrados. Os pesquisadores estimam que a população de cada cidade era de 250 a 2.500 habitantes, e todas as 15 cidades juntas possuíam uma população total de mais de 50 mil pessoas.
O cenário provável é que as cidades tenham sido destruídas, e a maioria de sua população tenha sido dizimada, pelos colonizadores europeus. Os vestígios desses agrupamentos são poucos porque as construções eram feitas de terra, e a floresta cobriu os traços deixados.
Apesar de serem quase invisíveis, os vestígios puderam ser identificados pelos membros da tribo indígena Kuikuro, considerados os descendentes diretos dos nativos que construíram as cidades. Além disso, na organização das vilas dos Kuikuro é possível perceber padrões semelhantes às das cidades antigas.
A descoberta faz surgir grandes questionamentos a respeito de como era realmente a floresta e a organização indígenas antes da chegada dos colonizares. Os vestígios já derrubaram a afirmação de que essa região da Amazônia era vazia antes da colonização. E mais: mostram que havia uma grande população habitando a região, que era organizada e complexa, e que alterou a paisagem da área.
“O que achávamos que era primitivo na floresta Amazônica não é tão primitivo assim no final das contas”, afirma Mike Heckenberger, professor da Universidade da Flórida (EUA) e um dos chefes da pesquisa, em depoimento para a revista New Scientist. “A colonização européia dizimou um grande número de povos indígenas e ‘esvaziou’ esses locais, permitindo que a floresta crescesse e encobrisse os vestígios dessas civilizações”, termina.
Tema:Expedições
Autor: Chris Bueno
Data: 11/9/2008
Fonte: Revista Sciencedomingo, 11 de dezembro de 2011
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